segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Podemos ser mais que uma divisão, podemos ser parte de uma grande união

 Há quem pense que eu não goste de esportes, até gosto, confesso ter ficado desanimada com o início dos jogos olímpicos. Logo fui gostando e acabei assistindo a muitas modalidades, no entanto, preferia que o Brasil investisse na educação, na saúde, na segurança e em muitas outras coisas que acredito ser mais prioritário ao país.
Apesar de tantos avanços que o Brasil já teve, ainda é preciso melhorar muito, e essa mudança começa com os cidadãos, começa nas pequenas coisas, desde a educação que vem de casa, como aquela que se aprende nas escolas; mas como sermos educados se o investimento em educação é tão pouco? O Brasil é dividido em muitos pedaços. Vivemos no Brasil de favelas e de condições precárias ou no Brasil tropical rico em frutas e recursos naturais? Esse é o país do futebol ou o país que está 11° colocado como o país mais inseguro do mundo? Vivemos em um país dividido entre a riqueza e a pobreza, enquanto poucos têm muito, e muitos têm pouco; uma desigualdade que é percebida claramente, não só no cotidiano, mas também pudemos ver nos jogos olímpicos Rio 2016 – aonde a jogadora Marta, eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo, recebe um salário cinco vezes menor que o jogador Neymar, ambos os jogadores de futebol na seleção brasileira, ambos bons profissionais, mas um atleta,acaba ganhando mais pelo simples fato de ser homem, enquanto a outra deve se contentar com um salário baixo comparado aos grandiosos feitos.
Enquanto a cultura brasileira for baseada no machismo, iremos perder grandiosas mulheres, enquanto o Brasil se preocupar mais com diversão do que com educação, muitos jovens serão prejudicados, enquanto o país for tão desigual teremos muitos problemas. A sociedade está dividida,  pois os cidadãos as dividiram,os “melhores” dos “piores”, os mais “ricos” dos mais “pobres”, quando na verdade isso é só um conceito que a sociedade impôs e nós aceitamos. Não devemos aceitar os hospitais públicos com filas de espera, as escolas sem manutenção, sem professor, sem organização; a inflação alta, um vasto desmatamento, é nossa obrigação defender nosso país e ver que um brasileiro forte " não foge a luta", somos responsáveis pelo Brasil, se hoje está ruim em muitos aspectos somos nós a mudança. Enquanto aceitarmos diferenças no Brasil, ou melhor, desigualdade, seremos uma nação dividida ao invés de unida, ser diferente no bom sentido, é motivo de se orgulhar, afinal não precisamos pensar, como a maioria das pessoas pensa. Somos livres para ser quem queremos ser e é nosso direito ter uma vida plena e sadia, com boas condições e muitas alegrias.