Há quem pense que eu não goste de
esportes, até gosto, confesso ter ficado desanimada com o início dos jogos
olímpicos. Logo fui gostando e acabei assistindo a muitas modalidades, no
entanto, preferia que o Brasil investisse na educação, na saúde, na segurança e
em muitas outras coisas que acredito ser mais prioritário ao país.
Apesar de tantos avanços que o
Brasil já teve, ainda é preciso melhorar muito, e essa mudança começa com os
cidadãos, começa nas pequenas coisas, desde a educação que vem de casa, como
aquela que se aprende nas escolas; mas como sermos educados se o investimento
em educação é tão pouco? O Brasil é dividido em muitos pedaços. Vivemos no
Brasil de favelas e de condições precárias ou no Brasil tropical rico em frutas
e recursos naturais? Esse é o país do futebol ou o país que está 11° colocado
como o país mais inseguro do mundo? Vivemos em um país dividido entre a riqueza
e a pobreza, enquanto poucos têm muito, e muitos têm pouco; uma desigualdade
que é percebida claramente, não só no cotidiano, mas também pudemos ver nos
jogos olímpicos Rio 2016 – aonde a jogadora Marta, eleita cinco vezes a melhor
jogadora do mundo, recebe um salário cinco vezes menor que o jogador Neymar,
ambos os jogadores de futebol na seleção brasileira, ambos bons profissionais,
mas um atleta,acaba ganhando mais pelo simples fato de ser homem, enquanto a outra
deve se contentar com um salário baixo comparado aos grandiosos feitos.
Enquanto a cultura brasileira for
baseada no machismo, iremos perder grandiosas mulheres, enquanto o Brasil se
preocupar mais com diversão do que com educação, muitos jovens serão
prejudicados, enquanto o país for tão desigual teremos muitos problemas. A
sociedade está dividida, pois os cidadãos as dividiram,os “melhores”
dos “piores”, os mais “ricos” dos mais “pobres”, quando na verdade isso é só um
conceito que a sociedade impôs e nós aceitamos. Não devemos aceitar os hospitais públicos com filas de espera, as escolas sem manutenção, sem professor, sem organização; a inflação alta, um vasto desmatamento, é nossa obrigação defender nosso país e ver que um brasileiro forte " não foge a luta", somos responsáveis pelo Brasil, se hoje está ruim em muitos aspectos somos nós a mudança. Enquanto aceitarmos diferenças no Brasil, ou melhor, desigualdade, seremos uma nação dividida ao invés de unida, ser diferente no bom
sentido, é motivo de se orgulhar, afinal não precisamos pensar, como a maioria das
pessoas pensa. Somos livres para ser quem queremos ser e é nosso direito ter
uma vida plena e sadia, com boas condições e muitas alegrias.